1 de julho de 2010

Ah, o amor... [3]

Vem se aproximando a data do meu aniversário, e como sempre eu fico mais introspectiva e pensativa nesse período. Ô canceriana enjoada que sou!

Num desses momentos de introspecção e de leitura me deparei com escritos da minha querida Lou Salomé, tantas vezes fonte de inspiração na minha vida.
Compartilho contigo o pensamento dela sobre o amor. A idéia de Lou sobre esse nobre sentimento muito tem a ver com o que eu aprendi até hoje sobre como sentir plenamente o amor*.



"Só aquele que permanece inteiramente ele próprio pode, com o tempo, permanecer objeto do amor, porque só ele é capaz de simbolizar para o outro a vida, ser sentido como tal.
Assim, nada há de mais inepto em amor do que se adaptar um ao outro, de se polir um contra o outro, e todo esse sistema interminável de concessões mútuas... e, quanto mais os seres chegam ao extremo do refinamento, tanto mais é funesto de se enxertar um sobre o outro, em nome do amor, de se transformar um em parasita do outro, quando cada um deles deve se enraizar robustamente em um solo particular, a fim de se tornar todo um mundo para o outro.
(...)
Para quem ama, o amor, por muito tempo e pela vida afora, é solidão, isolamento, cada vez mais intenso e profundo. O amor, antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a outra pessoa.
(...)
O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo por si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser: é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe."


*Informação desnecessária do post: "Se você acredita em amor a primeira vista, nunca pare de olhar." - Do filme Closer - se você ainda não viu, já fica a dica, assista logo!

♥ Esse post foi pra ti, Mario - meu amor de ontem, de hoje e de sempre... (Thanks for all!)

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