A chapeleira maluca


Olá!

Meu nome é Carla, nasci numa manhã fria e chuvosa de julho de 1984, na cidade de Santa Maria, interior do RS. Desde então adoro o inverno! Mas também sou feliz no outono, na primavera e no verão...

Como a maioria dos nativos de Câncer tenho uma queda ao sentimentalismo; como a maioria das mães tenho uma queda ao protecionismo dos meus afetos.

Sou Relações Públicas por profissão e blogueira porque sempre tenho muito o que falar, e também por ser apaixonada por mídias sociais, no fim das contas uma coisa se confunde com a outra.  
Por aqui vou falar de tudo que eu achar legal, e como a vida não é feita só de flores também vou falar sobre coisas que me revoltam e sobre outras que me fazem rir.

Sirva sua xícara de chá (real ou imaginária) e fique à vontade pra comentar por aqui, a intenção deste blog é ser uma conversa bem informal, afinal todos os dias são para comemorar um desaniversário cheio de boas ideias!

Algumas pessoas podem me descrever mais perfeitamente do que eu própria e por isso sigo essa apresentação citando as mesmas, com as quais me identifico em gênero, número e grau...

Ser I
Eu sou antes, eu sou sempre, eu sou nunca.
À duração da minha existência dou uma significação oculta que me ultrapassa. Sou um ser concomitante: reúno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios.
Sou sozinha, eu e minha liberdade. É tamanha a liberdade que se pode escandalizar um primitivo.
Não sei o que estou escrevendo: sou obscura para mim mesma.
O mundo: um emaranhado de fios telegráficos em eriçamento. E a luminosidade no entanto obscura: esta sou eu diante do mundo.

Ser II
Eu, que vivo de lado, sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo.
Eu não sou promíscua.
Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro.
Sou um coração batendo no mundo.
Eu – eu sou a minha própria morte.
Sou herege. Não, não é verdade. Ou sou?
Mas algo existe.

(Clarice Lispector)

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Toda eu sou alma e amor, sou um jardim.

(Florbela Espanca - grande amiga)
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Ouse, ouse... ouse tudo!!! Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!

Ouse, ouse tudo!
Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.

(Lou Salomé - fonte de inspiração)

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Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

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Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida.
Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos.
O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra.
As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida.

Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca.

(Clarice Lispector - novamente!)

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De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã

Ando onde há espaço:

– Meu tempo é quando.

(Vinícius de Moraes, entendendo-me internamente)