Pra sempre Renato Russo

Nesses dias tão estranhos

Fica a poeira

Se escondendo pelos cantos

Esse é o nosso mundo

O que é demais

Nunca é o bastante

E a primeira vez

Sempre a última chance

Ninguém vê onde chegamos

Os assassinos estão livres

Nós não estamos...

Tenho escutado bastante Legião Urbana nos dois últimos dias, e já tinha quase esquecido do quanto gosto das letras do Renato Russo... assim como grande parte da minha geração cresci e fui acostumando o ouvido ao som dele. 

Ainda lembro que na época quanto mais ia conhecendo, mais ia gostando e me encontrando nas palavras do Renato (isso há mais de uma década). 

Como diria minha saudosíssima avó que tinha nome de Santa (e que também ficou nesse tempo) vou contar "um causo": no auge da minha dedicação como fã adolescente fiz uma pasta - dessas com plástivo pra gente colocar folhas dentro - com todas as letras das canções da Legião escritas pelo meu próprio punho, junto com colagens e fotografias!  Era lindo!

Pena que esse material se perdeu no tempo, ficou lá atrás, no começo dos anos 90 em alguma gaveta da minha recente juventude... já o que me acompanha até hoje mesmo é a admiração por toda obra do Renato Russo!

As letras dele continuam atuais, e sempre serão assim, porque falam de amor, porque falam da nossa política, de nossos anseios e de nossas alegrias. Na adolescência temos o costume de achar que tudo que gostamos é para sempre. Mas como o próprio Renato já nos disse: o pra sempre sempre acaba... e assim ele nos deixou órfãos da sua musica-poesia.

Poeta como esse faz falta por aqui nesses dias tão estranhos, apesar de toda (linda) obra que nos deixou de presente...